Mesa Redonda “Cañada Real: Resistencia, Dignidad y Justicia Social. Un año después”

A Mesa Redonda sobre a violação de direitos no Cañada Real Galiana em relação ao corte de energia ocorreu um ano depois na Universidad Autónoma de Madrid. A última segunda-feira marcou 500 dias e 500 noites desde aquele 2 de outubro em que 4000 pessoas foram prejudicadas e que não receberam uma solução digna pelas administrações competentes.

María José Sobrino, Dua Akrikez e Ignacio Campoy participaram da Mesa expressando o momento histórico para a sociedade espanhola em que nos encontramos. “Não há uma única instituição que defenda os direitos humanos que tenha negado que esses direitos estejam sendo violados em Cañada”, apela Ignacio; acrescentando, além disso, que é uma luta de poderes e interesses democráticos e antidemocráticos. Se não reagirmos a uma situação como esta, a poucos quilômetros do centro de Madrid, “teremos nos degradado como sociedade”.

 

Diante do movimento de vizinhança que exige o bairro e as diferentes associações, coletivos e organizações nacionais e internacionais que estão denunciando a situação e exigindo dignidade, não só não foi obtida nenhuma solução, como houve manifestações aporofóbicas e mensagens de ódio que agravam a situação e desintegram a população civil.

 

O encontro aproximou os participantes da realidade cotidiana vivida no Cañada Real, sensibilizando e servindo como alto-falante para esse apelo à participação nas ações que estão sendo realizadas e pelo apoio tão necessário e urgente.