A nossa colega Cynthia Martínez-Garrido participa no programa “Espacio público” a debater sobre as grandes dúvidas que o presente e o futuro dos modelos educativos apresentam
A Cynthia Martínez-Garrido, investigadora da Cátedra, participou no passado 16 de março no debate sobre o presente e o futuro da educaçaão espanhola, promovido pela Fundação Espacio Público (https://espacio-publico.com/la-educacion-ante-los-desafios-del-siglo-xxi).
No passado dia 16 de março, a nossa colega Cynthia Martínez-Garrido participou num interessante debate sobre a seguinte pergunta: estão os nossos modelos educativos em crise? Colocou-se em questão a igualdade de oportunidades, a igualdade do acesso do estudiantado e a vivença de uma experiência educativa de qualidade no sistema educativa espanhol.
Com essa questão como guarda-chuva surgiram interessantes contribuições e reflexões em torno dos desafios do século 21 que a educação enfrenta. Assim, a educação em Espanha apresenta alguns dados alarmantes, nomeadamente: uma taxa de abandono escolar que dobra à europeia; uma grande segregação pelo nível socioeconômico ou uma educação baseada na meritocracia, a qual pune o error, posicionando-nos assim como o pais com o maior índice de repetição da Europa.
Tudo isto nasce dum problema estrutural de base e é que as administrações e governos regionais não apostam o suficiente pela educação pública, tão desacreditada no nosso pais se compararmos com a vissão da educação pública no resto da Europa. Por outro lado, apesar de termos uma Lei de Educação, esta não é igualmente aplicada nas Comunidades Autônomas, as quais apresentam dados diametralmente opostos em assuntos como a segregação.
Além disso, a contínua mudança da regulamentação da educação dependendo do partido que governa torna mais difícil muito a conclusão de qualquer coisa, o que gera um efeito de esgotamento no corpo docente, que também está sobrecarregado pela falta de recursos do sistema público, uma proporção de colegiados para o corpo docente exorbitante que não permite satisfazer as necessidades do corpo estudiantil e por famílias exigentes que requerem, em muitos casos, excelentes resultados académicos. Estes são apresentados como os principais desafios que a educação vai encarar no futuro próximo.
Em numerosas ocasiões, o peso do sucesso educacional recai sobre o corpo de estudantes mas, depende do interesse e esforço do corpo estudiantil ou são as instituições que devem se comprometer com uma educação pública de qualidade, igualitária, inclusiva e equitativa para que o conjunto de estudantes possa aproveitá-lo ao seu favor? Os palestrantes esperam que com a LOMLOE as instituições sejam promotoras de uma educação justa, como direito de cidadania.
Informações detalhadas sobre o debate podem ser encontradas em: https://espacio-publico.com/la-educacion-ante-los-desafios-del-siglo-xxi#para-pensar-la-politica-educativa.
Para ver a discussão completa: https://youtu.be/TCinPXb-Qzk