5 de setembro: Dia Internacional das Mulheres Indígenas.
Em Tihuanacu (Peru) em 1983 foi realizado o “Segundo Encontro de Organizações e Movimentos da América”, no qual se decidiu homenagear todas as mulheres indígenas, tanto pela coragem como pelo trabalho que realizam em favor da conservação e fortalecimento da culturas, conhecimentos, costumes, línguas indígenas. Por isso, fica acordado que o Dia Internacional das Mulheres Indígenas era o aniversário de Bartolina Sisa, descendente da linhagem Aymara “Mama Tallas” (autoridade ancestral), que também era tecelã e organizou uma rebelião contra o Vice-Reino dos Peru.
A mulher indígena contém o ambiente que ela habita e dá conta do universo que carrega sua língua, conhecimento, cultura e modo de vida. Ela é a guardiã e administradora do passado de seus ancestrais. Suas mãos semeiam os brotos de cada clarão lunar, sem mesquinhez atendem aos ensinamentos das velhas. Com palavras doces, eles aplicam a medicina à comunidade e com a força da terra eles tecem os poderosos rios da América. Então, ela é aquele universo de sabedoria e abundância que permite que os rebentos guardem sonhos e saberes ancestrais, desta forma, tornam-se curadores do Patrimônio Cultural Indígena e seu habita.